Page 5 - (Re)bolar a História
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PRÓLOGO

                       Para realizar esse livro, passamos por várias etapas de trabalho nas aulas de
               História e Língua Portuguesa. Sabíamos que teria um estudo do meio para Pirapora
               do  Bom  Jesus,  interior  de  São  Paulo. Antes dele, começaram nossas atividades,
               que resultaram no projeto (Re)bolando a História, que está dentro de um projeto de
               todas as disciplinas, que se chama Cidadania Planetária.
                       Primeiro, assistimos, antes da viagem, a diversos vídeos sobre Maria Esther.
               Neles, ela aparecia sambando junto com outras pessoas e havia explicações sobre
               o tema. Em seguida, tivemos o tão esperado estudo do meio.
                       Visitamos  a  Casa  do  Samba  em  Pirapora,  lá,  entrevistamos  pessoas  que
               conheceram e conviveram com Maria Esther. Ouvimos diversos relatos, e em todos
               eles,  a  memória  sobre  ela  era  falada  com  muita  emoção  e  saudades. Tínhamos
               uma  apostila  em  que  fazíamos  registros  de  nossas  experiências.  Também
               dançamos e cantamos com os músicos locais, vivenciando o modo de vida local e
               experimentando, por alguns momentos, como era ser a própria Maria Esther.
                       Era  importante  estarmos  atentos  aos  aspectos   materiais  e  imateriais.  A
               cultura material refere-se a tudo que podemos tocar e ver. Como exemplos, temos o
               próprio edifício da Casa do Samba e o que tinha lá dentro, como pinturas, janelas e
               esculturas.  A  cultura  imaterial,  por  sua  vez,  envolve  tudo  que  não  é  palpável  e
               reside  nos  hábitos  e  costumes  cotidianos.  Os  relatos  orais  foram  emocionantes
               nesse  sentido,  pois  entramos  em  contato  com  a  memória  de  pessoas,  que  não
               registraram suas memórias em nenhuma obra.
                       Quando voltamos, em sala de aula, fomos organizados em grupos e tivemos
               que  anotar  o  que  escrevemos  nas  apostilas.  Compartilhamos  nossos  textos
               individuais  e  os  juntamos  em  um  só  texto,  organizando  as  informações.  Só
               podíamos consultar a apostila (cultura material), resgatando nossa memória (cultura
               imaterial). Não podíamos pesquisar na internet.
                       Em  seguida,  elaboramos  uma  segunda produção escrita. Pesquisamos, na
               internet,  informações  sobre  o  tema  que  ainda  não  sabíamos.  Procuramos  criar
               perguntas,  a  partir  do  que  queríamos  saber,  para  investigarmos  as  respostas.
               Escrevemos,  em  forma  de  fichamento,  os  textos  de  sites  que  achávamos  de
               qualidade.
                       Depois, chegamos ao produto final: criar uma autobiografia ficcional, como se
               o  nosso  grupo  fosse  a  Maria  Esther.  Tínhamos  que  pegar  as  informações  do
               primeiro e do segundo texto e colocar nesse terceiro. Também era para relatar as
               sensações  e  emoções  dela,  respeitando  o  que  descobrimos  sobre  a  sua
               personalidade.
                       Elaboramos também a letra de um samba Paulista. A classe foi dividida em
               grupos e cada um ficou com uma estrofe para desenvolver. Cada estrofe tinha um
               tema a ser desenvolvido: Casa do Samba, Origem do Samba Paulista, Maria Esther,
               Madrinha Eunice, Aretha Duarte e refrão.



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