Page 17 - (Re)bolar a História
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Meu nome é Maria Esther! ☆

                       Olá a todos! Somos estudantes do 6 ano A, e fomos no estudo do meio para

               Itu e região! Esse é nosso terceiro texto, onde vamos escrever como se fossemos
               Maria  Esther  de  Camargo  Lara,  mais  conhecida  como  Maria  Esther,  e  nós

               conhecemos sua história na casa do samba, onde passamos por Pirapora do Bom
               Jesus. Bom, então vamos lá!

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                       Oi,  me  chamo  Maria  Esther   de  Camargo  Lara!  Eu  sou  a  Embaixatriz  do

               Samba Paulista. Nasci   no dia 2 de maio de 1924. Sou descendente de indígenas.

               Eu conservo o Samba Paulista até hoje. Ele tem origem em Pirapora do Bom Jesus,
               que é uma cidade simples e cheia de cultura, tradição e histórias marcantes.

                       Quando eu era criança, lembro que morava em uma casinha bem simples e,

               na adolescência, continuei morando lá.
                       Por  volta  dos  meus  19  anos  de  idade,  comecei  a  frequentar  lugares  que

               tocavam samba, mas meu pai não gostava. Ele não queria me deixar continuar indo
               lá, ele até me batia para me impedir. Eu não gostava que ele fizesse isso, pois me

               sinto triste quando me lembro!
                         Eu  sempre  gostei  de  falar  frases  que  fizessem  as  pessoas  pensarem  e

               ficarem  motivadas.  A  minha  favorita  é:  “A  idade  não  regula,  o  que  regula  é  o

               rebolado”.  Eu  sempre  fui  considerada  uma  figura  de  elevada  importância  para  o
               Samba Paulista e sempre vou continuar seguindo meu sonho de sambar.

                       Estou  acostumada a percorrer as rodas de samba do interior, garimpando as
               batucadas   do  samba,  desde  muito  pequenina.  Também  participei  de  uma  das

               primeiras escolas de samba de Pirapora ao lado de Madrinha Eunice, que é a minha
               querida  amiga.  Eu  sempre  tive  disposição  bem  invejável,  minha  postura,  beleza,

               jeito, principalmente minha maquiagem, blush vermelho, delineado preto marcante e

               os brincos de circulares de ouro.
                       Quem  me  ensinou  a  dançar  samba  foi  a Madrinha Eunice, ela nasceu em

               Piracicaba em 1909. Seus pais, Mathis Madre e Sebastiana Franco do Amaral foram

               escravizados  e  libertos.  Eu  achei  errado  discriminarem  e  mandarem  os  negros
               trabalharem  à força e sem ganhar um tostão. E por causa da escravidão imposta







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